Duelo De Sombras
- poema título -
Poesia
Antonio Cabral Filho
Curupira Edições 1999
*
Eu atiro poesia no vento
como quem quer parar a tempestade
sem me conter ante o raio e o trovão
me agarro com ele num duelo de sombras
para aplacar a fúria dos gênios
contidos nas garrafas mágicas
e nos redemoinhos que formamos
com o nosso corpo-a-corpo
diluímos as comportas
e tombamos libertos ao solo
correndo líquidos num rio sem margens
rumo ao mundo dos poetas andejos
***
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