segunda-feira, 7 de março de 2016

Duelo De Sombras * Antonio Cabral Filho - Rj

Duelo De Sombras

Poesia - Antonio Cabral filho
Curupira Edições 1999

ABERTURA

"Por Deus e por todas as coisas em que não creio, 
minha sombra fala: ouço-a, mas não no creio"
(O Viandante e a Sua Sombra - Nietzsche)

SOMBRAS vão e vêm, são feitas, criadas, algumas ganham vida e tornam-se fantasmas. Lutas eternas.

SOMBRAS, companheiras.

SOMBRAS, silhuetas de objetos, de infindáveis realidades. O escuro fruto da luz.

SOMBRAS tão importantes quanto a luz nas suas mais diversas formas. Os detalhes que permitem, denunciam, realçam. Lirismo, sutileza, chaga e dor.

SOMBRAS que envolvem e despertam o poeta.

Duelo de SOMBRAS no qual sentimos o efêmero, o silêncio, fazendo-nos voar e pensar o mundo em que viemos do ponto de vista da luta, como diriam os muçulmanos ( a Grande Guerra Santa), de cada ser vivente consigo mesmo.

*
Com o sorriso de inveja da borboleta a se banhar no orvalho, somos despertados sutilmente  pelo soar de um sino de mosteiro para o estéril e movimentado mundo dos viventes e impulsionados a pensar o que podemos, juntos, contribuir para torná-lo poético e diferente.

José Marcelo Giffoni
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Escritor, poeta e terapeuta, 
além de professor de história
 na rede pública de MG.

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